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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Eterno

Hoje, esta noite, vou chorar tudo, vou relembrar todos os momentos, todos os minutos, vou relembrar tudo com as lágrimas que guardei, as lágrimas que eu pensava estarem secas.
Custa relembrar, custa pensar que um dia foi tudo diferente, custa estar sem ti, custa querer-te a meu lado e tu não estares aqui.
Será que esta é apenas aquela fase? será que não sou o suficiente? será que não és aquilo que mereço? Sou bombardeada por perguntas que me fazem desacreditar que um dia isto vai mudar. Perguntas, apenas as perguntas, as respostas apenas as encontrarei quando estiveres comigo, quando me segurares a mão e me disseres ao ouvido que me amas.
Passou tanto tempo, perdemos tanto de uma amizade para eu esquecer, mas não deu na mesma, sinto-me tão incapaz, sinto-me inútil mesmo.
Amei-te de verdade, amei-te tão demasiado que não vi que já nem a amizade havia. Perdi-me em ti, perdi o rumo, o objectivo era a amizade, mas tu fizeste com que eu mudasse a rota, mesmo sem querer e deixei-me levar, devagarinho.
Passou-se o tempo, deixámos andar, era tempo que precisávamos, mas tu não esperas-te, viras-te as costas ao tempo, ao amor que já se fazia sentir em mim e continuas-te, arranjas-te espaço para a amizade, prometes-te que nunca iria acabar, juras-te que ficarias sempre do meu lado e pedis-te que te chamasse quando precisasse de ti. E agora preciso, preciso de ti comigo, preciso mesmo, não entendo porquê, porque no fundo eu sei que não é isto que queremos, mas é bem mais forte que eu, apenas te quero ao meu lado a sussurrar-me que vai ficar tudo bem.
Agora recordo a forma como prometi amar-te até ao fim, se calhar nem sei ainda o que é o amor, se calhar ainda não o senti de verdade, mas se o amor é melhor e pior do que o que eu já senti por ti, então esquece, não quero amar. Foste o melhor e o pior que me aconteceu nestes dez meses. Foste o meu suporte, foste a minha força, foste a minha alegria, vivi para ti, de uma forma exagerada eu sei, mas apenas vivi para ti.
Não quero esquecer-te, não dessa maneira, apenas quero guardar tudo numa pequenina caixinha de madeira para mais tarde poder recordar-te e sentir-te comigo

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